sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cores na impressão offset

E agora continuando nossa série de dicas, vamos falar sobre algo que tem dado muito retrabalho para quem trabalha com gráficas e pode mudar muito no resultado final do seu trabalho. A reprodução das cores. Isto. A diferença entre as cores que desejamos e as cores que estão em nossos impressos. Então abaixo segue 10 dicas para ajudar você a não ter mais este problema.

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1 – Ajustes de cores e perfis.

Todos que trabalhamos com design já temos alguns softwares que utilizamos para criar os trabalhos. Seja um para desenho, outro para edição de imagens e outro para finalização. Mas é importante que todos tenham a mesma configuração na suas cores. Se não já começaremos a ter diferença das cores entre os próprios softwares. Existe um site chamado www.eci.org que tem os melhores perfis para impressão. Mas você já pode ligar para sua gráfica e verificar qual o perfil de impressão utilizado. Assim você configura certinho em seus softwares.



2 – Visualização adequada no monitor

Aquilo que se vê no monitor deve se aproxima, em valor corimétricos, aos valoes contidos no arquivo digital sendo observado. Vamos considerar que você faça seu trabalho em um único monitor. Isso facilita. Agora se utiliza vários é importante observar se existe alguma diferença. Seja um monitor CRT ou LCD, exige configuração de cores. E este processo deve ser revisto uma vez por mês. Afinal existem muitas coisas que alteram a cor de um monitor.



3 – Conferindo as cores

Existe um problema na conferência das cores em sua prova final. Conhecido como metamerismo. Esse nome complicado e com definição mais complicada ainda pelo dicionário, é a sensação de visualizarmos duas cores em um ambiente e acharmos as cores iguais e observamos em outro ambiente e acharmos as cores diferentes. O metamerismo é capacidade do aspectral de cores ser igual independente do ambiente. Por isto a importância da iluminação padronizada. A iluminação em cabines de visualização é neutra e adequada para correta observação e aprovação de trabalhos.

4 – Visualizando as mesmas cores.

Todos sabemos que as cores são um fenômeno que depende muitíssimo das condições de iluminação e do ambiente circunstante. Sempre importante utilizar cabines de visualização ou um local com paredes neutras, cores em cinza e luz indireta do sol. Lembrando de comparar as provas impressas com o monitor para poder fazer possíveis ajustes.

5 – O efeito adjacente

O ambiente em que avaliamos as cores de um trabalho pode influenciar no resultado final do trabalho. Porque podemos ter uma percepção errada da cor. Isso é chamado de efeito adjacente. E justificam a importância de termos cores neutras em áreas ao redor das mesas e locais de avaliação de provas e impressos.

6 – Material adequado para cada trabalho

Existem vários tipos de papel. Isso muda e muito o trabalho final. Se você utilizar um papel com maior ou menor absorção. Para obter bons resultados, procure utilizar papéis sem bloqueadores óticos, ou seja, os papéis devem ser levemente “amarelados”. Isso garante uma consistência entre os resultados visualizados.

7-Padrões de tinta.

Já que falamos dos tipos de papel, agora temos que nos preocupar com o tipo de tinta. Existem normas que controlam o resultado de sua sobreimpressão e das cores terciárias. A norma ISO 2846-1 é aquela que define os padrões de cor e transparência das tintas offset. Confirme com sua gráfica se ela utiliza tintas dentro desse padrão. Também verifique se a sequencia é CMYK ou KCMY. Outras sequências devem ser evitadas.

8 – Cores especiais

Existem muitas razões para se utilizar cores especiais em um trabalho impresso. Para manter a cor de uma marca, preservar sua identidade ou algum motivo especial do impresso. Também temos as tintas metálicas, assim como os pantones. Por isso ao utilizar cores especiais certifique de configurar as cores no seu software de criação, como seu valores lab.

9 – Utilizando CMYK

Devemos tomar cuidado para trabalharmos sempre com CMYK quando o trabalho final for impresso. Pois se deixarmos para ser feita a conversão de RGB para CMYK pelo próprio software poderemos perder qualidade.

10- Padronizar as terminologias.

No mercado gráfico existem muitas palavras que são do meio e que tem um significado diferente para cada pessoa. Os termos como “sujo”, “lavado”, “muito quente” podem ter significados diferentes para cada pessoa. Por isso tente alinhar a comunicação entre as partes para garantir um trabalho de qualidade e com pouca dor de cabeça.

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